An example of recent Brontë scholar publication in Brazil:
Giovane Alves de Souza and Auricélio Soares Fernandes, Universidade Estadual da Paraíba - UEPB
Pontos de Interrogação – Revista de Crítica Cultural, Alagoinhas, Bahia, v. 13, n. 1, p. 319–334, 2023. DOI: 10.30620/pdi.v13n1.p319.
O advento da crítica colonial, após a segunda metade do século XX, trouxe à tona outras maneiras de se ler o mundo, evidenciando como mecanismos discursivos de construção identitária reforçam, comumente, relações de poder estabelecidas a partir do colonialismo e que se sustentam até a atualidade. Com base nisso, buscamos, neste artigo, investigar a maneira como ocorreu a construção identitária da personagem Bertha Mason Rochester, no romance Jane Eyre (1847), de Charlotte Brontë, e como, em resposta ao feminismo imperialista da autora, Jean Rhys reescreveu a história da mesma personagem em Vasto mar de sargaços (1966) sob outra perspectiva, dando voz à uma mulher caribenha silenciada na trama anterior. Para tal, tomamos como aportes as considerações de Spivak (1985), Gilbert e Gubar (2000), Woodward (2014), Bacellar (2020), dentre outros(as). Nosso estudo considera que a literatura, sob uma ótica pós-colonial, questiona o discurso opressivo que perpassa a representação de culturas latino-americanas e caribenhas, possibilitando a emersão de outras maneiras de se ver o mundo, refutando estereótipos e quebrando silenciamentos.
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